PRINCÍPIOS GERAIS PARA A DIREÇÃO DO LOUVOR 1 - UM ENCONTRO COM DEUS O Principal propósito de toda reunião é o de encontrarmos com Deus, e não uns com os outros, ou termos as nossas necessidades satisfeitas, ou ainda prepararmo-nos para a pregação ou seguirmos uma rotina. Assim sendo, o louvor não deve ser encarado simplesmente como uma preparação para o ministério da palavra. Mas, por causa da maneira que Deus nos criou, a música e o cântico são os meios pelos quais uma congregação pode ser dirigida à Deus. Através da musica levantamos o nível de fé do povo, fazendo com que os seus olhos se voltem para o Senhor e com Que se tornem sensíveis a Deus. Na medida em que isto acontece estabelece-se um ambiente de fé, propício para a recepção do ministério da Palavra e à oração pelas necessidades do povo. 2 - ENFATIZANDO O PROPÓSITO DAS REUNIÕES Devemos lembrar que vamos à reunião para louvarmos a Deus e adorá-lo. Quanto mais a congregação for levada a esta recepção, mais glorioso será o louvor e mais profunda a adoração. 3 - O CAMINHO NORMAL DO LOUVOR EM UMA REUNIÃO Para alcançarmos os níveis mais profundos de adoração, a ordem geral do louvor é: cânticos de alegria, ações de graças, louvor, a cruz, quebrantamento, adoração, amor, alegria maior (e isto tudo saturado com a fé e com a nossa concentração no próprio Senhor). A cruz faz com que nos prostremos e nos humilhemos. As áreas mais profundas da adoração fluem desta postura e atitude. 4 - TRÊS FASES Numa reunião geralmente as pessoas passam por três fases distintas em relação à comunhão com Deus. E isto é gratificante e ilustrado pelo Tabernáculo de Moisés: ÁTRIO: Lugar de cânticos de testemunho do que Deus fez por nós (o propósito de Deus é que todos cheguem ao Santo dos Santos em uma reunião, mas freqüentemente, boa parte do povo não alcança este lugar para adorar). Por isto, é muito útil fazermos três índices no livro de Cânticos dos líderes do louvor: a) por tópicos subdivididos por tons; b) por tons; c) por ordem alfabética. Algumas subdivisões básicas para o índice por tópicos poderiam ser: Testemunho/louvor - Cantai ao Senhor (Salmo 96) Adoração - Ao que está Sentado no Trono Vitória - Eu Celebrarei Amor - Na minha vida o melhor é te amar Fé - Só em Deus seremos vencedores Consagração - Eu quero ser um vaso novo (cânticos que levantam o ânimo do povo depois de um período de quebrantamento e consagração). Alguns cânticos são úteis em mais de uma categoria. 5 - UMA ARTE Dirigir a adoração é uma arte, mas isto não quer dizer que seja somente algo mecânico ou psicológico (isto é exatamente o que queremos evitar, pois pode ser realizado de maneira tal a tornar-se mecânico e sem vida). O que queremos dizer é que dirigir o louvor é algo que pode ser aperfeiçoado. Aprender todas as técnicas da pintura não faz um artista, mas o domínio delas dá a alguém, que possua o talento de um artista, a expressão de sua inspiração. O aperfeiçoamento das nossas técnicas, para a direção do louvor, fará de nos canais com uma expressão maior da inspiração que o Espírito Santo nos deu. 6 - A SABEDORIA, O CONHECIMENTO E A UNIÃO DO ESPÍRITO SANTO. Estas são as três coisas principais e necessárias. Apenas uma delas não nos é suficiente. O conhecimento é a sensibilidade (ou discernimento) de uma condição espiritual, mas a sabedoria é saber como agir em determinada situação. Isto vem através do conhecimento dos caminhos de Deus (os Seus princípios). Por outro lado, alguém talvez saiba todos os princípios, mas se não puder discernir a situação ele não saberá qual o princípio a ser aplicado. Ambos são aprendidos, em sua maioria, através da experiência dos anos. (Há certas áreas, que são alvo dos ataques de satanás com maior freqüência. Devemos considerar este princípio ao escolhermos um cântico que enfatiza a verdade que libertará o povo). ALGUNS EXEMPLOS DE ÁREAS QUE SÃO ALVO DE ATA QUE: A - Acusação (o sangue e a cruz) - Se andarmos na luz B - Insegurança - Não temas oh! Jacó C - Problemas - Olhar somente a Ti D - Introversão - A Ti Senhor elevo a minha alma E - Desânimo - A alegria do Senhor a nossa força é F - Sentimentos - Bendize oh minha alma ao Senhor G - Religiosidade - Faze-me chegar aos teus rios Senhor H - Espírito de Ingratidão - Entrai por suas portas com gratidão I - Pensamentos - Cantarei ao Senhor enquanto eu viver J - Misericórdia - Esquadrinhemos nossos caminhos K - Senhorio - Ele é o Senhor L - Condenação - Justificado, pois pela fé M - Dúvidas sobre a Ressurreição - Da sepultura saiu N - Dúvidas sobre o Triunfo de Cristo - Venceu e cadeias rompeu 7 - CHEIOS DO ESPÍTIRO - Efésios 5:18-20 Obviamente o líder do louvor, bem como os músicos, devem ser pessoas cheias do Espírito para contemplar o propósito de Deus na reunião. 8 - EVITANDO-SE DISTRAÇÕES O que estamos fazendo, na realidade, é evitar todas as distrações possíveis. Há distrações o suficiente na nossa comunhão com Deus, e todos nós somos muito facilmente distraídos, e não devemos aumentar isto chamando a atenção para nós mesmos (não atrair a atenção a nós mesmos pelas nossas ações ou palavras). 9 - SUAVIDADE A regra geral é: faça tudo tão suavemente quanto possível, transcrições nos cânticos, nos tons, na ordem do culto e etc., para obter, ou manter-se um fluxo do Espírito. Em outras palavras: manter-se fora do centro das atenções, tanto quanto possível, para que a atenção seja sempre focalizada no Senhor Jesus, e isto cada vez mais; mantendo assim o Rio de Louvor e Adoração fluindo em direção àquele que é totalmente formoso. 10 - DIREÇÃO A melhor maneira de se aprender sobre direção do louvor é estar sob outra pessoa que tenha mais capacidade que você mesmo. Simplesmente porque alguém foi designado para ser um líder do louvor não significa que ele já seja sensível ao Espírito, e ele não se tornará assim de imediato, mas gradativamente. Seja submisso ao seu pastor ou a quem quer que esteja na direção da reunião e que seja mais sensível do que você. As reuniões geralmente seguem um padrão "em curva" e quão longe podemos levá-la depende da nossa capacidade: 11 - UNIDADE NO MINISTÉRIO É muito mais importante mantermos a unidade entre a liderança numa reunião, do que insistirmos em fazer algo da maneira que considerarmos ser a mais correta. A discórdia na liderança apagaria o Espírito, mas do que fazer o que poderíamos pensar que fosse coisa inadequada no momento. 12 - REGRA GERAL Estas regras são apresentadas como sendo comentários gerais e não regras a ser seguidas sem exceções. Há aquelas ocasiões excepcionais em que o Senhor sai do costumeiro, mas isto é a exceção e não a regra. Mesmo nestas ocasiões raras, em que ele age assim, a questão é que ele ainda está cumprindo aqueles mesmos princípios preliminares como sempre, só que de uma maneira fora do comum. 13 - PRINCÍPIOS Estes são princípios e não métodos! Os princípios nunca mudarão, mas os métodos podem mudar e certamente mudarão. Haverá uma diferença na forma entre países, culturas, subculturas, igrejas individuais e até num mesmo lugar, de vez em quando. 14 - IDEAL Lembre-se que a maioria destes pontos representa o ideal. Deus deixa muito espaço para os erros. A reunião não está "perdida" porque nós não alcançamos exatamente o que deveríamos ter alcançado. Vamos aprender a recuperarmo-nos em meio a um erro e aprendamos com ele para que não o repitamos em reuniões futuras. O COMEÇO Música leve. Faça com que os músicos toquem cânticos que dão testemunhos leves e alegres (sobre Deus, e não para Ele ainda), enquanto as pessoas estão entrando na igreja. Mesmo que talvez, não haja ainda uma atmosfera de fé, mas pode, pelo menos, haver uma atmosfera de esperança, e a menos que as pessoas tenham esperança, elas nunca alcançarão a fé. Uma coisa e certa, fique longe dos cânticos do tipo devocional ou consagratório. COMEÇANDO: 1 - Música Leve - Comece com algo leve (como algo que os músicos têm estado tocando). 2 - Cânticos Bem Conhecidos - Sempre comece com cânticos bem conhecidos por toda a igreja. Poucas coisas começam uma reunião na direção errada, como escolher um cântico que o povo não conhece bem. 3 - Onde o Povo Está - Comece onde o podo está espiritualmente. Talvez você já tenha orado o suficiente e esteja pronto para entrar no louvor, mas eles não estão. Vá devagar até que a grande maioria esteja com você. 4 - Tom Musical Correto - Entre no tom correto para um cântico antes de qualquer coisa. Faça com que os músicos já estejam tocando no tom que você vai querer; ou até mesmo que eles já estejam tocando o cântico com o qual você irá começar. (O tom correto é o tom em que a congregação pode cantar o cântico da melhor maneira e não o líder do louvor). 5 - Não Místico - Não seja muito místico com relação ao cântico certo com que começar. A maioria das pessoas não seria capaz de dizer-lhe qual foio primeiro cântico que eles cantaram no culto. (Os três primeiros cânticos são apenas para fazerem com que o povo pense em Deus). Talvez você sinta que o Senhor tenha lhe dado um cântico, mas normalmente, use­ o mais tarde, ou você irá desperdiçá-lo. Procure cânticos com ênfase que você sente que o Senhor tem para a reunião. LOUVOR: 1 - Clímax do Louvor - Ainda que nunca seja errado louvar ao Senhor, não tente entrar num cântico espiritual depois de todo o Cântico. Dirija o povo ao clímax de um louvor mais elevado, um nível de fé mais elevado mais ciente de Deus do que eles estão no presente, isto é, a uma dimensão de louvor mais elevada. 2 - Evitando a Religiosidade - Se tentarmos guiar o povo no cântico espiritual muito cedo na reunião, isto se tomará em uma coisa sentimental e melancólica, ao nível da alma (natural - emoções e não espírito) porque o espírito do povo ainda não estará aberto. A atmosfera espiritual torna-se pesada e os mais fracos podem até mesmo sentir condenação porque eles querem responder e não podem: (alguns tentam agradar ao líder e "fazem os movimentos" e assim estamos encorajando à religiosidade) - Assim voltamos, novamente, ao item "encontrar ao povo onde ele está". 3 - Cântico de Clímax - Nem todos os cânticos conduzem ao cântico espiritual. Saibam quais os cânticos que levam ao clímax e aperfeiçoe-se neles. Procure variar os cânticos nas reuniões e tenha cânticos diferentes para cada espécie de ênfase. 4 - Devagar até atingir o ponto alto do louvor - Diminua o ritmo um pouco antes de levar a congregação ao louvor elevado. Isto serve como um sinal sem palavras para a congregação e para os músicos, é suave. 5 - Intensificação através do estribilho - Às vezes, você pode repetir o estribilho ou usar o estribilho de um outro cântico (ex. Quão grande é o nosso Deus - estribilho do SI. 150). 6 - Momento Culminante para o Louvor Elevado - Há um momento certo para o louvor elevado. Isto requer que você seja sensível. Se você espera muito tempo, cantando muitas vezes, você perderá a intensidade que poderia ter sido alcançada. GERAL: 1 - Avise aos músicos antes de fazer uma mudança de cântico. 2 - Sistema de sinais. Planeje alguma espécie de sistema de sinais com o músico principal (ele pode retransmitir as informações aos outros músicos). Onde houver mais de um líder de louvor, o sistema de sinais deve ser uniforme para se evitar confusões. (Na medida do possível, estes sinais deveram ser dados de maneira tal que eles não sejam óbvios à congregação; ou o propósito de evitarmos distrações será arruinado). Os sinais são úteis para: (ver sinais no fim). - elevar ou abaixar o volume; - aumentar ou diminuir o ritmo; - retornar ao início de um cântico; repetir somente o refrão; - mudar a nota musical; - preparar para entrar no louvor; - preparar para entrar na adoração; - manter o fluxo presente (até segundo aviso); - entrar em louvor suave; - parar abruptamente; - parar gradativamente. 3 - Guie o Povo. Não anuncie simplesmente o cântico para que eles cantem. Cante em alta voz com um aspecto de confiança. A unção está na voz do líder e incentiva os outros se unirem a ele. No começo de uma estrofe cante na frente uma fração de segundo, e/ou insira uma palavra transicional como, por exemplo, "oh" onde houver uma pausa, pois o povo ou o musico, não teria certeza se você estaria terminando o cântico ali, ou recomeçando. 4 - A sua Reunião. De uma certa maneira, sem se adiantar muito do povo tenha a sua própria reuniãozinha particular com Deus. (Isto é, você não os está seguindo ou dependendo de como eles estão reagindo, mas eles é que estão seguindo você). 5 - Mantenha o controle. Não se "perca" na adoração você mesmo, ou você não está liderando! Mantenha os seus olhos abertos e a sua atenção externa no líder, e ao mesmo tempo, mantenha uma receptividade espiritual interna. a - Dando uma atenção externa para verificar em que medida o povo está seguindo você. b - Crendo que Deus é capaz de dirigir a grande maioria das pessoas ao louvor elevado e à adoração mais profunda. 6 - Evite exortar ao povo para que ele seja mais expressivo. Os carneiros podem somente ser dirigidos e não forçados, ou você vai tão somente reforçar a religiosidade, fazendo com que eles respondam externamente. Temos que achar a chave para guiá-los a Deus para que a resposta deles seja de dentro: (Evite cânticos com ações que os obrigam a esta resposta externa, quando ainda não houver um fluxo de louvor). Precisamos de muita sensibilidade e sabedoria nessa área para sabermos quando usar cânticos com ações. 7 - Sabendo a direção. Para que lideremos o povo, temos que sentir a direção, quase como quando dirigimos um barco-a-vela, precisamos descobrir em que direção o vento esta soprando, precisamos discernir (a direção em que o Espírito está se movendo e regular as "velas" de acordo). Se o barco não estiver se movendo, então sabemos que cometemos um erro ao julgarmos a direção do Espírito. Mas até mesmo a direção errada é melhor que nenhuma direção. Pelo menos descobrimos em que direção o Espírito não está se movendo. (O que queremos dizer com "direção" é a ênfase do Espírito numa certa reunião). 8 - Espécie de reunião. Com relação à direção, precisamos considerar a espécie de reunião que estamos dirigindo: o grupo costumeiro, jovens, casamento, muitas visitas, cristãos visitantes que não estejam acostumados a fluir na nossa espécie de reunião, etc. 9 - Mudança de Direção. Você se acostumara as coisas funcionando bem por um certo tempo, enquanto o Senhor estiver dirigindo a igreja numa certa ênfase, mas um dia o Senhor começará a guiar numa direção diferente, e você então irá se atrapalhar. Mas continue buscando e você vai se estabilizar novamente. 10 - Não mudar de tom - Tente não mudar de tom entre cânticos, mantendo-se no mesmo tom tanto quanto possível. Lembre-se da nossa regra geral: Suavidade. 11 - Mudanças de tom - Se uma mudança de tom precisa ser feita para um cântico mais adequado, há várias maneiras de fazer isto suavemente. Exemplos: a - Intervalos Superiores - Se o caso for simplesmente elevar o tom meio ou um tom, então o musico pode tocar uma transição de acordo e começar o próximo cântico naquele tom durante uma estrofe e entrar no cântico desejado. Ou um cântico transicional pode ser usado, isto é, um que possa ser cantado em qualquer um dos tons. Tanto no que você se encontra no presente, como o tom que você deseja entrar. Ao mesmo tempo é um cântico de certa maneira apropriado. (nota: transições descentes não são aconselháveis). b - Uma oração - Se for uma mudança de nota drástica você pode entrar diretamente numa oração, já havendo notificado o músico para qual tom deve mudar enquanto você estiver orando, e qual cântico ele deverá estar pronto para tocar quando ele vir que você está se aproximando do fim da sua oração, indo diretamente para o cântico. c - Passagem Bíblica - Faça o mesmo que em "b" acima, contudo, através da leitura de uma passagem bíblica. Às vezes o Espírito atrairá sua atenção para uma passagem, a qual será a chave naquela altura da reunião. Assim sendo você poderá se utilizar desta estratégia. Neste caso, geralmente, é melhor fazer alguns comentários transacionais para o cântico desejado, talvez tirado desta passagem. d - Testemunho - Faça o mesmo que em "b" acima, mas dando uma oportunidade para testemunho, terminando novamente com comentários transicionais para dirigir-se ao cântico desejado. 12 - Não Pregue Sermões - Entre cada cântico fazendo comentários sobre cada um deles. Ocasionalmente isto é apropriado, especialmente quando as pessoas precisam ter as suas atenções voltadas para o que estão cantando, mas isto é mais a exceção do que a regra. 13 - Novos Cânticos - Há momentos para o ensino de um novo cântico, mas certamente não é no começo da reunião. Somente após a reunião ter já "superado as dificuldades", e em ocasiões muito raras se isto trouxer uma ênfase nova que fará com que o povo supere as dificuldades. Mas mesmo assim deveria ser um cântico fácil, que se possa ser aprendido rapidamente, facilmente, e não desviar a atenção deles ao cântico, mas à ênfase que o Espírito está querendo dar. Também é melhor não tentar ensinar mais do que um novo cântico por reunião, e nem mesmo um novo cântico em toda reunião. Um cântico não deve ser ensinado para que aprendamos um outro cântico, mas deve cumprir um propósito. Ele deve estar de acordo com o que o Senhor está enfatizando nesta igreja e/ou para variar um pouco os cânticos que estão sendo cantados demais e que estão perdendo o seu frescor. 14 - Tenha Cuidado - Não use demais um bom cântico semana após semana, ate que ele perca o seu frescor e significado para o povo. Mais tarde pode-se voltar para ele. Há centenas de bons cânticos, use-os no tempo e maneira de Deus. 15 - Continue Tocando - Os músicos devem continuar tocando por todo o culto de louvor, mas muito suavemente, enquanto os comentários estiverem sendo feitos. 16 - Não toque - É melhor que os músicos parem quando alguém estiver orando, lendo a Bíblia, ou testemunhando e etc. Estamos dando a importância máxima a cada expressão do corpo que todos sejam ouvidos claramente. a - "Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?" I Cor. 14 :7-8). 17 - Silêncio: Em toda música de excelência há momentos de silencio. Haverá ocasiões em que um silêncio total será desejado - nenhum instrumento, somente a Igreja em adoração, na quieta e impressionante atmosfera da sua presença. (Não significa, entretanto, que em toda reunião o Espírito Santo guiará para este momento tão precioso). a - "O Senhor está no seu santo templo: cale-se diante dele toda a terra." Hb 2:20; compare Ef 1:7, Zac. 2:13, Ap. 8:1 e Salmos,:"Selá''. 18 - Evite falar sobre isto. É melhor nunca mencionar a mecânica da direção do louvor (tal como a que está esboçada aqui) na frente da congregação. Isto iria apenas atrair a atenção para o líder. Evite dizer demais coisas tais como: eu sinto, ou o que você viu numa visão para dirigir a reunião. Simplesmente use a direção que você sentiu ou ouviu para realizar a sua tarefa. 19 - Lista a ser verificada dos caminhos de Deus. Quando a reunião estiver, obviamente, indo bem, compare o que você sente no Espírito com a sua lista a ser verificada dos caminhos de Deus. (faça uma gradativamente). Quando um motor de um carro não está pegando, você não começa verificando o ar dos pneus. Os caminhos de Deus são tão definidos, quanto quaisquer lei científica. Deve haver uma razão específica pela qual a reunião está indo bem (presumindo-se que você esteja indo à direção certa). Alguns exemplos são: a - O líder da adoração e outros líderes vieram  “já tendo orado o suficiente". (para algumas das pessoas, possivelmente, durante o tempo de oração que precede o culto). b - As pessoas vieram com uma atitude de gratidão e/ou foram dirigidas a expressarem gratidão e louvor a Deus (Salmo 100). c - A reunião foi entregue à autoridade do Senhor Jesus, foi arrebatada do domínio do espírito humano ou duma influência demoníaca "peso". d - O líder da adoração e outros têm um alto nível de fé devido a uma palavra de Deus. e - Uma tal dependência no Espírito de Deus para ungir e dirigir. f - O líder da adoração sente a vontade do Espírito quando há ênfase da verdade para o culto. Ele tem um cântico ou cânticos especiais e que são apropriados para este tema. g - Esperou-se a presença do Senhor Vivo e Ressurreto e a Sua manifestação no meio de sua igreja em adoração. 20 - Lista de observações práticas (Faça a sua própria, gradativamente): a - Líder - O povo não está acostumado ao líder do louvor. Ele deve ser alguém no qual eles têm confiança, e isto leva tempo. b- Preocupação - Problemas recentes na experiência da igreja desorientam o povo. c - Localização - As pessoas estão, fisicamente, espalhadas nos bancos - faça com que elas se movam para frente e mais perto umas das outras. d - Cansados - As pessoas estão, cansadas do trabalho. Isto se nota especialmente durante os cultos do meio da semana. Talvez seja bom deixá-las sentado por uns instantes. e - Tom - O cântico está no tom errado, e portanto está muito difícil para que eles o cantem. f - Desconfortável - O povo está com calor ou com frio. Corrija esta situação se for possível. g - Muitos descontraídos - O povo está sentado quando deveria estar em pé. h - Ambiente - Vocês são um grupo pequeno numa sala muito grande. Inseguros, o pastor costumeiro está em viagem. j - O líder está na frente - De onde o povo está espiritualmente. k - Atitude do coração - E uma espécie diferente de congregação do que o costumeiro (veja o nº 8 da subdivisão "Geral"). l - Influência de espírito - Há pessoas presentes com problemas de espíritos. 21 - Levantadores - Para transições de momentos de "baixos" (ex. consagração) tais como após ter orado em voz alta e/ou ter entrado em adoração, usa "levantadores  isto é, cânticos que podem começar onde o povo está devocionais, e que podem ser gradativamente acelerados e, talvez até mesmo, elevados um tom por metade ou por um intervalo inteiro, para assim, não se deixar o povo "suspenso no ar". (Ex. "Cristo , Doce Cristo", "Aleluia"). a- Esses são momentos delicados e sagrados. Não esteja com pressa nesses momentos. b- O propósito é levar o povo a expressar a alegria maior e o louvor mais puro que a essa altura estão sentindo. CONCLUSÃO Repetimos: o refinamento desta sensibilidade leva anos. Sendo assim, seja paciente consigo mesmo e com os outros, como por exemplo, os músicos com os quais você está trabalhando e que também cometem erros. Deus deixa muito espaço para os erros que fazemos. A reunião não está "perdida" porque não fomos capazes de atingir o ideal. Aprendemos a nos recuperar no meio dos erros e aprendamos através deles para que possamos evitar cometermos os mesmos erros em reuniões futuras. Deveria ser bem óbvio que a vida devocional do líder do louvor é de importância suprema para que se mova na esfera do Espírito. Não é possível enfatizar-se demais que este esboço não deve ser visto como "métodos" que podem ser usados para levarem as pessoas à dimensão do Espírito, mas somente uma diretriz para sermos sensíveis ao Espírito Santo e para ajudar as nossas congregações nesta mesma dimensão. Somente podemos dar aquilo que nós mesmos temos recebido. Portanto, o líder do louvor deve gastar muito tempo em adoração e preparação, assim como a pessoa que traz a Palavra. Autor  - Jack Schisler Diagramação - Jander Nunes Goiânia julho / 2015