Noite anoitecida,
Ouço o carvão caindo,
Pó, no carvão
Volto irritado
Mas logo no jardim
O jovem salgueiro
Ah, o seu perdão
O poeta precisa tanto!
De terra e céu
Minha aldeia: tudo
Que encontro e toco
Seus cabelos
Enquanto penso na linda
Sonho, esperança...
Com paraísos e esmeraldas
O coração te assiste
Ele quer dizer-lhe
Algo que não se lembra!
Lembro-me agora!
Perdoai-me, perdoai-me
Amai-me, amai-me
Pavão real, grande fulgor
Você, quase ouro, quase luz
Seu coração rara maestria...
Jesus, amor maior,
Menina mestiça
Linda manhã de verão
Garoto maroto
Menino levado
Quer sentir-se perdoado
Sob meu coração a lua
E as sombras de teus cabelos
E o som sonoro de tua voz
Você nunca tentou me dizer porque eu deveria amar você, como eu deveria amar você, ou mesmo que eu deveria amar você, mas eu amo assim mesmo.
Você me deixou livre para descobrir por mim mesmo o que eu mais estimo em você.
Quando meu coração ferido se sentia como se tivesse asas muito frágeis, você me deu o que eu mais precisava espaço para ousar voar.
Quando me deu liberdade para descobrir e ousar, você provou seu amor por tudo que existe, e eu só quero amar você. |